A premissa é conhecida e nada torna um filme mais interessante que situações reais que acontecem a nossa volta ou conversam com nossas próprias experiências.
Pautado por um silêncio angustiante o filme Queda Livre (tradução literal do título original em alemão “Freire Fall”) fala de clichês da sobre a descoberta do desejo homossexual, o rumo para a aceitação e a imprevisibilidade da vida.
Matt (Hanno Koffler, de Se Não Nós, Quem?, 2011) é um policial que aparenta ter tudo sobre controle, uma namorada (Katharina Schüttler, de Oh Boy, o longa mais premiado na Alemanha em 2012), um bebê a caminho e uma carreira promissora na força policial.
O conflito começa na academia de oficiais onde ele conhece Kay (Max Riemelt, de A Onda, 2008), um homem interessante que desperta nele desejos antes desconhecidos. Entre cigarros, um ocasional baseado e corridas juntos os dois descobrem que não há escapatória para o que sentem um pelo outro.
Tratado no lançamento como um sucessor de Brokeback Montain (2005), Queda Livre é tipicamente europeu: repleto de sentimentos e pouco diálogo. Tudo parece acontecer de forma orgânica mesmo quando os avanços de Kay parecem enfurecer Matt.
O nome do filme não é por acaso. A todo instante Matt nos dá a impressão de cair em um buraco sem fim, de forma muito parecida com Alice no clássico livro de Lewis Carroll, onde a ação e a inação tem o mesmo resultado. Há escolhas para ele? Algum caminho em que possa manter unida sua nova família, o respeito de seus amigos e todo senso de aventura que ele sente com Kay?
Algumas vezes a vida escolhe por você.
Preconceito, o caminho da auto aceitação, duas formas de amar além de atuações primorosas tudo isto e mais em Queda Livre.
Título: Queda livre (Freier Fall)
Direção: Stephan Lacant; roteiro: Stephan Lacant e Karsten Dahlem.
Elenco: Hanno Koffler, Max Riemelt, Katharina Schüttler.
Ano: 2013; duração: 100 minutos; país: Alemanha.
Gênero: drama.
One comment
Paula Neves
Filme lindo e super romântico.Abordando um tema sempre controverso como a homossexualidade e o assumir da mesma.Mostra claramente as dificuldades e lutas interiores para deixar a sexualidade desabrochar e enfrentar uma sociedade ainda tão preconceituosa e discriminatória.Momentos muito intensos e sensuais.ADOREI❤❤❤❤